quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Triplo Filtro


Na Antiga Grécia, Sócrates, foi famoso pela sua sabedoria e pelo grande respeito que tinha pelo seu semelhante.
Um dia, encontrou-se com um conhecido seu que lhe disse:

- Sabe o que ouvi sobre o seu amigo ?
- Espere um minuto - replicou Sócrates.
- Antes que me diga qualquer coisa, quero que passe por um pequeno exame.
Eu chamo-o do triplo filtro.
- Triplo filtro ? - perguntou o outro

- Correcto. - continuou Sócrates.
Antes que me fale sobre o meu amigo, pode ser uma boa ideia filtrar três vezes o que vai dizer.
É por isso que chamo-o de “Exame do triplo filtro”
O primeiro filtro é a VERDADE.
Está absolutamente seguro de que o que me vai dizer é certo ?
- Não, disse o homem, realmente só ouvi isso e ...
- Bem, disse Sócrates, então realmente não sabe se é verdade ou não.
Agora permita-me aplicar o segundo filtro, o filtro da BONDADE.
É algo bom o que me vai dizer do meu amigo ?
- Não, pelo contrário …
- Então, deseja-me dizer algo mau dele, mesmo sem saber se está a falar verdade?
Mesmo assim, ainda falta um filtro, o filtro da UTILIDADE.
Serve-me para alguma coisa o que me vai dizer do meu amigo ?
- Não! Na verdade não.
- Bem, concluiu Sócrates.
Se o que deseja dizer-me não é verdade, nem bom e tão-pouco me será útil,
... qual o meu interesse em saber?
Use este triplo filtro cada vez que ouvir comentários sobre alguns dos seus amigos próximos.
A amizade é algo inviolável.

Nunca perca um amigo por algum mal entendido ou comentário sem fundamento.
Bom dia.

Origem do Bem e do Mal

Sendo Deus o princípio de todas as coisas e sendo todo sabedoria, todo bondade, todo justiça, tudo o que dele procede há de participar dos seus atributos, porquanto o que é infinitamente sábio, justo e bom nada pode produzir que seja ininteligente, mau e injusto.
O mal que observamos não pode ter nele a sua origem.
Se o mal estivesse nas atribuições de um ser especial, quer se lhe chame Arimane, quer Satanás, ou ele seria igual a Deus, e, por conseguinte, tão poderoso quanto este, e de toda a eternidade como ele, ou lhe seria inferior.
No primeiro caso, haveria duas potências rivais, incessantemente em luta, procurando cada uma desfazer o que fizesse a outra, contrariando-se mutuamente, hipótese esta in
conciliável com a unidade de vistas que se revela na estrutura do Universo.
No segundo caso, sendo inferior a Deus, aquele ser lhe estaria subordinado.
Não podendo existir de toda a eternidade como Deus, sem ser igual a este, teria tido um começo.
Se foi criado, só o poderia ter sido por Deus, que, então, criou o Espírito do mal, o que implicaria negação da bondade infinita.
Entretanto, o mal existe e tem uma causa.
Os males de toda espécie, físicos ou morais, que afligem a Humanidade, formam duas categorias que importa distinguir: a dos males que o homem pode evitar e a dos que lhe independem da vontade.
Entre os primeiros, cumpre se incluam os flagelos naturais.
O homem, cujas faculdades são restritas, não pode penetrar, nem abarcar o conjunto dos desígnios do Criador; aprecia as coisas do ponto de vista da sua personalidade, dos interesses factícios e convencionais que criou para si mesmo e que não se compreendem na ordem da Natureza.
Por isso é que, muitas vezes, se lhe afigura mau e injusto aquilo que consideraria justo e
admirável, se lhe conhecesse a causa, o objetivo, o resultado definitivo.
Pesquisando a razão de ser e a utilidade de cada coisa, verificará que tudo traz o sinete da sabedoria infinita e se dobrará a essa sabedoria, mesmo com relação ao que lhe não seja compreensível.
O homem recebeu em partilha uma inteligência com cujo auxílio lhe é possível conjurar, ou, pelo menos, atenuar os efeitos de todos os flagelos naturais.
Quanto mais saber ele adquire e mais se adianta em civilização, tanto menos desastrosos se tornam os flagelos. Com uma organização sábia e previdente, chegará mesmo a lhes neutralizar as conseqüências, quando não possam ser inteiramente evitados.
Assim, com referência, até, aos flagelos que têm certa utilidade para a ordem geral da Natureza e para o futuro, mas que, no presente, causam danos, facultou Deus ao homem os meios de lhes paralisaros efeitos.
Assim é que ele saneia as regiões insalubres, imuniza contra os miasmas pestíferos, fertiliza terras áridas e se industria em preservá-las das inundações; constrói habitações mais salubres, mais sólidas para resistirem aos ventos tão necessários à purificação da atmosfera e se coloca ao abrigo das intempéries.
É assim, finalmente, que, pouco a pouco, a necessidade lhe fez criar as ciências, por meio das quais melhora as condições de habitabilidade do globo e aumenta o seu próprio bem-estar.
Tendo o homem que progredir, os males a que se acha exposto são um estimulante para o exercício da sua inteligência, de todas as suas faculdades físicas e morais, incitando-o a procurar os meios de evitá-los.
Se ele nada tivesse de temer, nenhuma necessidade o induziria a procurar o melhor; o espírito se lhe entorpeceria na inatividade; nada inventaria, nem descobriria.
A dor é o aguilhão que o impele para a frente, na senda do progresso.
Porém, os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provêm do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus excessos em tudo.
Aí a causa das guerras e das calamidades que estas acarretam, das dissenções, das injustiças, da opressão do fraco pelo forte, da maior parte, afinal, das enfermidades.
Deus promulgou leis plenas de sabedoria, tendo por único objetivo o bem.
Em si mesmo encontra o homem tudo o que lhe é necessário para cumpri-las.
A consciência lhe traça a rota, a lei divina lhe está gravada no coração e, ao demais, Deus lha lembra constantemente por intermédio de seus messias e profetas, de todos os Espíritos encarnados que trazem a missão de o esclarecer, moralizar e melhorar e, nestes últimos tempos, pela multidão dos Espíritos desencarnados que se manifestam em toda parte.
Se o homem se conformasse rigorosamente com as leis divinas, não há duvidar de que se
pouparia aos mais agudos males e viveria ditoso na Terra.
Se assim procede, é por virtude do seu livre-arbítrio: sofre então as conseqüências do seu proceder.
Entretanto, Deus, todo bondade, Pôs o remédio ao lado do mal, isto é, faz que do próprio mal saia o remédio.
Um momento chega em que o excesso do mal moral se torna intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar de vida.
nstruído pela experiência, ele se sente compelido a procurar no bem o remédio, sempre por efeito do seu livre-arbítrio.
Quando toma melhor caminho, é por sua vontade e porque reconheceu os inconvenientes do outro.
A necessidade, pois, o constrange a melhorar-se moralmente, para ser mais feliz, do mesmo modo que o constrangeu a melhorar as condições materiais da sua existência.
Pode dizer-se que o mal é a ausência do bem, como o frio é a ausência do calor.
Assim como o frio não é um fluido especial, também o mal não é atributo distinto; um é o negativo do outro.
Onde não existe o bem, forçosamente existe o mal.
Não praticar o mal, já é um princípio do bem.
Deus somente quer o bem; só do homem procede o mal.
Se na criação houvesse um ser preposto ao mal, ninguém o poderia evitar; mas, tendo o homem a causa do mal em SI MESMO, tendo simultaneamente o livre-arbítrio e por guia as leis divinas, evitá-lo-á sempre que o queira.
Tomemos para termo de comparação um facto vulgar.
Sabe um proprietário que nos confins de suas terras há um lugar perigoso, onde poderia perecer ou ferir-se quem por lá se aventurasse.
Que faz, a fim de prevenir os acidentes?
Manda colocar perto um aviso, tornando defeso ao transeunte ir mais longe, por motivo do perigo.
Ai está a lei, que é sábia e previdente. Se, apesar de tudo, um imprudente desatende o aviso, vai além do ponto onde este se encontra e sai-se mal, de quem se pode ele queixar, senão de si próprio?
Outro tanto se dá com o mal: evitá-lo-ia o homem, se cumprisse as leis divinas.
Por exemplo: Deus pôs limite à satisfação das necessidades: desse limite a saciedade adverte o homem; se este o ultrapassa, fá-lo voluntariamente.
As doenças, as enfermidades, a morte, que daí podem resultar, provêm da sua imprevidência, não de Deus.
Decorrendo, o mal, das imperfeições do homem e tendo sido este criado por Deus, dir-se-á, Deus não deixa de ter criado, se não o mal, pelo menos, a causa do mal; se houvesse criado perfeito o homem, o mal não existiria.
Se fosse criado perfeito, o homem fatalmente penderia para o bem.
Ora, em virtude do seu livre-arbítrio, ele não pende fatalmente nem para o bem, nem para o mal.
Quis Deus que ele ficasse sujeito à lei do progresso e que o progresso resulte do seu trabalho, a fim de que lhe pertença o fruto deste, da mesma maneira que lhe cabe a responsabilidade do mal que por sua vontade pratique.
A questão, pois, consiste em saber-se qual é, no homem, a origem da sua propensão para o mal.
Estudando-se todas as paixões e, mesmo, todos os vícios, vê-se que as raízes de umas e outros se acham no instinto de conservação, instinto que se encontra em toda a pujança nos animais e nos seres primitivos mais próximos da animalidade, nos quais ele exclusivamente domina, sem o contrapeso do senso moral, por não ter ainda o ser nascido para a vida intelectual.
O instinto se enfraquece, à medida que a inteligência se desenvolve, porque esta domina a matéria.
O Espírito tem por destino a vida espiritual, porém, nas primeiras fases da sua existência corpórea, somente a exigências materiais lhe cumpre satisfazer e, para tal,
o exercício das paixões constitui uma necessidade para o efeito da conservação da espécie e dos indivíduos, materialmente falando.
Mas, uma vez saído desse período, outras necessidades se lhe apresentam, a princípio semi-morais e semi-materiais, depois exclusivamente morais.
É então que o Espírito exerce domínio sobre a matéria, sacode-lhe o jugo, avança pela senda providencial que se lhe acha traçada e se aproxima do seu destino final.
Se, ao contrário, ele se deixa dominar pela matéria, atrasa-se e se identifica com o bruto.
Nessa situação, o que era outrora um bem, porque era uma necessidade da sua natureza, transforma-se num mal, não só porque já não constitui uma necessidade, como porque se torna prejudicial à espiritualização do ser.
Muita coisa, que é qualidade na criança, torna-se defeito no adulto.
O mal é, pois, relativo e a responsabilidade é proporcionada ao grau de adiantamento.
Todas as paixões têm, portanto, uma utilidade providencial, visto que, a não ser assim, Deus teria feito coisas inúteis e, até, nocivas.
No abuso é que reside o mal e o homem abusa em virtude do seu livre-arbítrio.
Mais tarde, esclarecido pelo seu próprio interesse, livremente escolhe entre o bem e o mal.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Deus Existe?


Sendo Deus a causa primária de todas as coisas, a origem de tudo o que existe, a base sobre que repousa o edifício da criação, é também o ponto que importa consideremos antes de tudo.
Constitui princípio elementar que pelos seus efeitos é que se julga de uma causa, mesmo quando ela se conserve oculta.
Se, fendendo os ares, um pássaro é atingido por mortífero grão de
chumbo, deduz-se que hábil atirador o alvejou, ainda que este último não seja visto.

Nem sempre, pois, se faz necessário vejamos uma coisa, para sabermos que ela existe.
Em tudo, observando os efeitos é que se chega ao conhecimento das causas.
Outro princípio igualmente elementar e que, de tão verdadeiro, passou a axioma é o de que todo efeito inteligente tem que decorrer de uma causa inteligente.
Se perguntassem qual o construtor de certo mecanismo engenhoso, que pensaríamos de quem respondesse que ele se fez a si mesmo?

Quando se contempla uma obra-prima da arte ou da indústria, diz-se que há de tê-la produzido um homem de gênio, porque só uma alta inteligência poderia concebê-la.
Reconhece-se, no entanto, que ela é obra de um homem, por se verificar que não está acima da capacidade humana; mas, a ninguém acudirá a idéia de dizer que saiu do cérebro de um idiota ou de um ignorante, nem, ainda menos, que é trabalho de um animal, ou produto do acaso.
Em toda parte se reconhece a presença do homem pelas suas obras.
A existência dos homens antediluvianos não se provaria unicamente por meio dos fósseis humanos: provou-a também, e com muita certeza, a presença, nos terrenos daquela época, de objetos trabalhados pelos homens.

Um fragmento de vaso, uma pedra talhada, uma arma, um tijolo bastarão para lhe atestar a presença.
Pela grosseria ou perfeição do trabalho, reconhecer-se-á o grau de inteligência ou de diantamento dos que o executaram.
Se, pois, achando-vos numa região habitada exclusivamente por selvagens, descobrirdes uma estátua digna de Fídias, não hesitareis em dizer que, sendo incapazes de tê-la feito os selvagens, ela é obra de uma inteligência superior à destes.
Pois bem! lançando o olhar em torno de si, sobre as obras da Natureza, notando a providência, a sabedoria, a harmonia que presidem a essas obras, reconhece o observador não haver nenhuma que não ultrapasse os limites da mais portentosa inteligência humana.

Ora, desde que o homem não as pode produzir, é que elas são produto de uma inteligência superior à Humanidade, a menos se sustente que há efeitos sem causa.
A isto opõem alguns o seguinte raciocínio:
As obras ditas da Natureza são produzidas por forças materiais que atuam mecanicamente, em virtude das leis de atração e repulsão; as moléculas dos corpos inertes se agregam e desagregam sob o império dessas leis.

As plantas nascem, brotam, crescem e se multiplicam sempre da mesma maneira, cada uma na sua espécie, por efeito daquelas mesmas leis; cada indivíduo se assemelha ao de quem ele provejo; o crescimento, a floração, a frutificação, a coloração se acham subordinados a causas materiais, tais como o calor, a eletricidade, a luz, a umidade, etc.
O mesmo se dá com os animais. Os astros se formam pela atração molecular e se movem perpetuamente em suas órbitas por efeito da gravitação.
Essa regularidade mecânica no emprego das forças naturais não acusa a ação de qualquer inteligência livre.
O homem movimenta o braço quando quer e como quer; aquele, porém, que o movimentasse no mesmo sentido, desde o nascimento até a morte, seria um autômato.
Ora, as forças orgânicas da Natureza são puramente automáticas.
Tudo isso é verdade; mas, essas forças são efeitos que hão de ter uma causa e ninguém pretende que elas constituam a Divindade.

Elas são materiais e mecânicas; não são de si mesmas inteligentes, também isto é verdade; mas, são postas em ação, distribuídas, apropriadas às necessidades de cada coisa por uma inteligência que não é a dos homens. A aplicação útil dessas forças é um efeito inteligente, que denota uma causa inteligente.
Um pêndulo se move com automática regularidade e é nessa regularidade que lhe está o mérito.
É toda material a força que o faz mover-se e nada tem de inteligente.
Mas, que seria esse pêndulo, se uma inteligência não houvesse combinado, calculado, distribuído o emprego daquela força, para fazê-lo andar com precisão? Do fato de não estar a inteligência no mecanismo do pêndulo e do de que ninguém a vê, seria racional deduzir-se que ela não existe?
Apreciamo-la pelos seus efeitos.
A existência do relógio atesta a existência do relojoeiro; a engenhosidade do mecanismo lhe atesta a inteligência e o saber.

Quando um relógio vos dá, no momento preciso, a indicação de que necessitais, já vos terá vindo à mente dizer: aí está um relógio bem inteligente?
Outro tanto ocorre com o mecanismo do Universo: Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras.
A existência de Deus é, pois, uma realidade comprovada não só pela revelação, como pela evidência material dos fatos. Os povos selvagens nenhuma revelação tiveram; entretanto, crêem instintivamente na existência de um poder sobre-humano. Eles vêem coisas que estão acima das possibilidades do homem e deduzem que essas coisas provêm de um ente superior à Humanidade.

Não demonstram raciocinar com mais lógica do que os que pretendem que tais coisas se fizeram a si mesmas?

Aprenda a Amar

Depois de algum tempo percebe a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
Começa a aceitar as suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para planos e o futuro tem o costume de cair em vão.
Depois dum tempo, aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para a destruir, e que pode fazer coisas num instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o QUE se tem na vida, mas QUEM se tem na vida.
E que bons amigos são aquela família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebe que o seu amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem mais se importa na vida são-lhe proximas, por isso, devemos sempre deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas porque pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde vai, mas se não sabe para onde vai, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou controla os seus actos, ou eles o controlarão a si, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são palermices, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva, tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não te ama da forma que quer que te ame, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tem que aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido, o mundo não pára para que o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, plante o seu jardim e decore a sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E aprenda que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe, depois de pensar que não pode mais.

Momentos de Solidão



Quem de nós não teve um momento de extrema dor?
Quem nunca sentiu, nalgum momento da vida, vontade de desistir?
Quem ainda não se sentiu só, extremamente só, e teve a sensação de ter perdido a morada da esperança?
Nem mesmo as pessoas famosas, ricas, importantes, estão isentas de terem os seus momentos de solidão e de profunda amargura...
Foi o que ocorreu com um dos mais reconhecidos compositores de todos os tempos, chamado Ludwig Van Beethoven, que nasceu no ano de 1770, em Bonn, na Alemanha, e faleceu em 1827, em Viena, na Áustria...
Beethoven vivia um desses dias tristes, sem brilho e sem luz. Estava muito abatido pelo falecimento de um príncipe da Alemanha, que era como um pai para ele...
O jovem compositor sofria de grande carência afectiva. O pai era um alcoólatra inveterado e agredia-o fisicamente. Faleceu na rua, por causa do alcoolismo...
A sua mãe morreu muito jovem. O seu irmão biológico nunca o ajudou em nada, e, some-se a tudo isto, o facto da sua doença agravar-se. Sintomas de surdez, começavam a perturbá-lo, ao ponto de deixá-lo nervoso e irritado...
Beethoven somente podia escutar usando uma espécie de trombone acústico no ouvido. Ele carregava sempre consigo uma tábua ou um caderno, para que as pessoas escrevessem as suas idéias e pudessem comunicar, mas elas não tinham paciência para isto, nem para ler os seus lábios...
Notando que ninguém o entendia, nem o queriam ajudar, Bethoven retraiu-se e isolou-se. Por isso conquistou a fama de misantropo.
Foi por todas estas razões, que o compositor caiu em profunda depressão. Chegou a redigir um testamento, dizendo que se iria suicidar...
Mas como nenhum filho de Deus está esquecido, vem a ajuda espiritual, através de uma rapariga cega, que morava na mesma pensão pobre, para onde Beethoven se tinha mudado e lhe diz quase gritando:
“Eu daria tudo para ver uma Noite de Luar”
Ao ouvi-la, Beethoven emociona-se até as lágrimas. Afinal, ele podia ver! Ele podia escrever a sua arte nas pautas...
A vontade de viver volta-lhe renovada e ele compõe uma das músicas mais belas da humanidade:
“Sonata ao Luar”
No seu tema, a melodia imita os passos vagarosos de algumas pessoas, possivelmente, os dele e os dos outros, que levavam o caixão mortuário do príncipe, seu protector...
Olhando para o céu prateado de luar, e lembrando-se da rapariga cega, como a perguntar o porquê da morte daquele mecenas tão querido, ele deixa-se mergulhar num momento de profunda meditação transcendental...
Alguns estudiosos de música dizem que as três notas que se repetem, insistentemente, no tema principal do 1º movimento da Sonata, são as três sílabas da palavra “why”? ou outra palavra sinónima, em alemão...
Anos depois de ter superado o sofrimento, viria o incomparável Hino à Alegria, da 9ª sinfonia, que coroa a missão desse notável compositor, já totalmente surdo.
Hino à Alegria expressa a sua gratidão à vida e a Deus, por não se haver suicidado...
Tudo graças àquela rapariga cega, que lhe inspirou o desejo de traduzir, em notas musicais, uma noite de luar...
Usando a sua sensibilidade, Beethoven retratou, através da melodia, a beleza de uma noite banhada pelas claridades da lua, para alguém que não podia ver com os olhos físicos.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

O que Queremos da Vida ?

Que queremos da vida?
Que fazemos para lograr o que desejamos?
O ser humano é por natureza insatisfeito! Deseja o que não tem e não valoriza o que possui. Dessa forma lança-se numa busca desenfreada por algo que nem ele próprio sabe o que é.
Quando o ser humano encontrar o verdadeiro sentido da sua vida, certamente ele procurará meios de alcançá-lo de forma mais expedita.
Quantos se perdem no ruído do mundo buscando o divertimento?
Quantos se perdem no excesso de lutas para o amealhar valores perecíveis, deixando de lado a maior de todas a riquezas: a família!
A sociedade exige demasiado de nós e sob pena de não querermos ser diferentes, acabamos cedendo e passamos a afinar os nossos padrões de vida pelos padrões que a sociedade nos impõe.
Mas será que é na realidade, a sociedade que nos impõe padrões de vida, ou somos nós, que temos o receio de sermos autênticos e para parecermos aquilo se denomina de “normais”, acabamos nos mesclando com os valores impostos pela maioria? - Veja-se a perdição que acontece com muitos jovens que sob o peso da moda terminam em complicados problemas de saúde.
Muitas vezes não sabemos buscar o melhor para a nossa vida apenas porque corremos atrás daquilo que a sociedade determinou como o desejável, o necessário ou o correcto.
É certo que fazemos parte de um todo, é certo que devemos viver em sociedade e temos a responsabilidade de promover esse convívio tendo como finalidade a evolução das gentes, porém, não podemos dissolver as nossas vontades, as nossas formas de estar, apenas porque fazemos parte de uma sociedade que muitas vezes acaba por ser castradora, redutora, uma vez que promove ao imediatismo.
Que queremos da vida?
Será conveniente desejar imitar a tendência que muitas das vezes não é a mais adequada, nem sequer aquele que melhor serve ao ser, para o seu aprimoramento moral?
Olhando a história, vemos que sempre houve pessoas que se destacaram dos demais da sua época, muitas vezes foram apelidados de diferentes, apenas porque eram fiéis aos seus princípios, eram fiéis aos seus valores, em suma eram autênticos!
Foi a sua autenticidade, a sua coerência enquanto seres distintos e individuais que traçaram a diferença. Foram pessoas imunes ao modismo de uma época que muitas vezes anestesia a sociedade concorrendo para uma adormecimento colectivo. Foi a autenticidade desses seres, que os fizeram erguer da bruma estonteante que muitas vezes envolve a sociedade, descaracterizando o ser humano.
O ser humano encerra em si mesmo uma riqueza enorme. É a sua diferenciação que contribui para o engrandecimento da humanidade, por esse motivo nenhum ser deve desperdiçar o seu próprio valor, a sua própria autenticidade, apenas porque deseja misturar-se com os seres que vêem no imediatismo a única razão de ser e estar.
Cada um de nós tem um projecto de vida definido. Cada um de nós tem a responsabilidades sobre isso. Concorrendo cada ser, para levar a cabo o seu projecto de vida, então contribuirá para o engrandecimento moral do planeta.
Não é nossa intenção criticar ou denegrir a sociedade, apenas chamamos a atenção para a nossa responsabilidade enquanto seres conscientes que somos; cremos, que se buscarmos ser autênticos, se buscarmos ser fiéis aos nossos princípios, a nossa atitude promoverá outros seres a agirem de igual forma e assim a humanidade se converterá à autenticidade.
Valores há, que temos que preservar para a nossa felicidade e um deles é a nossa autenticidade, a nossa individualidade responsável e actuante como co-criadores de um futuro melhor.
Que queremos nós da vida?
De manhã, façamos essa pergunta a nós mesmos:
Que quero eu da vida?
Aquilo que quero é justo e útil?
Se sim, então partamos em busca dessa esmeralda preciosa que é a nossa razão de viver.
Decorrido o dia, no momento de deitar, é o momento para nos interrogarmos: Que fiz para lograr o que desejo?
Será que o fiz? E se o fiz, foi da forma mais conveniente?
E assim vamos promovendo a nossa autenticidade como cidadãos de um mundo que grita por dias melhores e dessa forma promovemos a sociedade para uma autenticidade responsável, tornando-a num futuro tão próximo quanto cada um de nós desejar numa sociedade mais feliz…
Não receemos ser autênticos, ainda que diferentes.
Sejamos autênticos, e não há maior autenticidade que sermos filhos de Deus, guiados pelo nosso Irmão mais velho: O Carinhoso Jesus!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Brilhe a Vossa Luz

Corre, incessantemente, o caudaloso rio da vida...
Iniciam-se viagens longas, embarca-se e desembarca-se, entre esperanças renovadas e prantos de despedida.
Viajores partem, viajores tornam.
Como é difícil atingir o porto de renovação!
Quase sempre, a imprevidência e a inquietude precipitam-se nas profundezas sombrias!...
Para vencer a jornada laboriosa, é preciso aprender com Alguém que foi o Caminho, a Verdade e a Vida.
Ele não era conquistador e fundou o maior de todos os domínios, não era geógrafo e descortinou os sublimes continentes da imortalidade, não era legislador e iluminou os códigos do mundo, não era filósofo e resolveu os enigmas da alma, não era juiz e ensinou a justiça com misericórdia, não era teólogo e revelou a fé viva, não era sacerdote e fez o sermão inesquecível, não era diplomata e trouxe a fórmula da paz, não era médico e limpou leprosos, restaurou a visão dos cegos e levantou paralíticos do corpo e do espírito , não era cirurgião e extirpou a chaga da animalidade primitiva, não era sociólogo e estabeleceu a solidariedade humana, não era cientista e foi o sábio dos sábios, não era escritor e deixou ao planeta o maior dos livros, não era advogado e defendeu a causa da Humanidade inteira, não era engenheiro e traçou caminhos imperecíveis , não era economista e ensinou a distribuição dos bens da vida a cada um por suas obras, não era guerreiro e continua conquistando as almas há vinte séculos, não era químico e transformou a lama das paixões em ouro da espiritualidade superior , não era físico e edificou o equilíbrio da Terra, não era astrônomo e desvendou os mundos novos da imensidade, enriquecendo de luz o porvir humano, não era escultor e modelou corações, convertendo-os em poemas vivos de bondade e esperança..
Ele foi o Mestre, o Salvador, o Companheiro, o Amigo Certo, humilde na manjedoura, devotado no amor aos infelizes, sublime em todas as lições, forte, otimista e fiel ao Supremo Senhor até a cruz.
Bem aventurados os seus discípulos sinceros, que se transformam em servidores do mundo por amor ao seu amor!
Valiosa é a experiência do homem, bela é a ciência da Terra, nobre é a filosofia religiosa que ilumina os conhecimentos terrestres, admirável é a indústria das nações, vigorosa é a inteligência das criaturas, maravilhosos são os sistemas políticos dos povos mais cultos, entretanto, sem Cristo, a grandeza humana pode não passar de relâmpago, dentro da noite espessa."
Brilhe a vossa luz", disse o Mestre Inesquecível.
Acenda cada aprendiz do Evangelho a lâmpada do coração.
Não importa seja essa lâmpada pequenina.
A humilde chama de vela distante é irmã da claridade radiosa da estrela.
É indispensável, porém, que toda a luz do Senhor permaneça brilhando em nossa jornada sobre abismos, até a vitória final no porto da grande libertação.
André Luiz

Caridade da Luz

Santa – a moeda amiga ao tornar-se carinho
Em todo lar sem pão que a penúria flagela,
Enaltecida sempre – a roupa mais singela,
Que protege a nudez ao vento e ao desalinho!...

Glorificado seja – o pouso que tutela
O enfermo relegado às pedras do caminho,
Preciosa – a afeição para quem vai sozinho,
Trancando-se na dor em que se desmantela...

Nobreza em toda ação que represente amparo
Do auxilio de um vintém ao apoio mais raro,
Que a simpatia expresse e a bondade presida!...

Brilhe em tudo, porém, com mais força e grandeza
A palavra do Bom que apure a Natureza,
Iluminando o Amor e libertando a Vida!...

Auta de Souza